segunda-feira, 24 de setembro de 2012

No Pântano de Nibirus


Já era madrugada, os pés de Breefootloot estavam mergulhados na água gélida e pútrida do pântano, seus olhos não conseguiam enxergar além da pouca luz que sua tocha lhe provinha, era como se a escuridão abraçasse as chamas e fizessem com que ela diminuísse aos poucos. Breefootloot sabia que era arriscado percorrer o pântano de Nibirus sozinho e durante a noite, porém tinha que fazê-lo para chegar primeiro ao tesouro, afinal na noite passada quando adquiriu o mapa mais seis pessoas pelo menos o fizeram também. Ele não era tolo, apenas aceitou de comprar o mapa devido a um boato que escutara há algumas semanas que a caveira de Dracul de Nibirus, feia de diamantes ainda permanecia no pântano. Seguindo o mapa ele já havia derrotado seis zumbis e esqueletos que se ergueram do nada para matá-lo e agora avistava uma grande construção, todos sabiam que neste pântano existia o castelo do outrora maior e mais temido necromante, porém ninguém que conhecera nunca o tinha avistado. O jovem Halfling com seus olhos perspicazes mesmo no breu avistara uma passagem, um arco de pedra levando para dentro da construção, nesse momento ele sabia que a tocha que carregava seria sua grande inimiga, com a mão livre pegou em seu cinto uma das poções que comprara do homem que lhe vendeu o mapa, seu efeito faria com que enxergasse no completo escuro durante horas, logo em seguida repetiu o ato tomando também outra poção que lhe permitia durante algum tempo ficar oculto a mortos-vivos. Depois de apagar a tocha esgueirou-se pela passagem e seguiu da forma mais furtiva que conhecia as visões a partir dali foram perturbadoras, muitos mortos vivos e corpos de aventureiros espalhados por toda água fétida, as sombras dançavam dando a impressão de que estavam vivas. Breef como era conhecido pelos amigos continuou se esgueirando furtivamente para dentro da construção, passou por salas, pelo trono, pela cozinha, e finalmente chegara a uma imensa porta de madeira onde nitidamente havia uma grande magia ainda ativa, rapidamente o ladino retirou uma varinha que havia furtado do próprio homem que lhe vendera o pergaminho quando este ficara bêbado, ele havia reconhecido o poder da mesma e agora seria útil para dissipar qualquer magia daquela câmara. Rapidamente recitou as palavras de ativação e lançou o feitiço na porta, fazendo com que se escancarasse a seus olhos. O que avistara fizera todas as provações e problemas que havia passado valer a pena, ali, jogada ao chão perto de alguns trapos e um esqueleto estava à preciosa caveira de diamantes. Deixando que sua emoção o guiasse deu um salto para dentro da sala e correu descuidado para o lado da caveira, agachou próximo a ela já retirando a sacola quando percebeu algo estranho do seu lado, um corpo que lhe era familiar, jogado próximo aos trapos ao lado da caveira, ele o conhecia da taverna, do mesmo dia que comprara seu mapa. Subitamente sentiu uma dor forte em sua pequena perna, tão forte que o fez gritar e cair com um movimento rápido sentado no chão. Sua perna havia sofrido um duro golpe e pendia lateralmente, Breefootloot já chorava de dor quando a figura encapuzada parou em sua frente e facilmente cravara uma grande adaga ritual em seu peito levando consigo a vida do pequeno halfling. Neste momento as sombras se eriçaram e os mortos vivos do pântano se sentiram mais fortes, a última das seis oferendas a deusa Shar  estava completa e mais uma vez o Rei dos pântanos andaria entre os vivos. 


3 comentários:

  1. Só pra quebrar um pouco o clima de paz. =D

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  2. Uiiiiiiiiiiiiiii!!!!!! Lá vem o Necromante!

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  3. Halfling zoiudo é foda né? Ta certo o necromante! Deu mole tem que passar o rodo mesmo uahahahaahahahahaha

    Ansioso pra começar!

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