quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A Tumba do Rei Gilderoy



Rezam as lendas que quando o continente ainda possuía outro nome e aquelas terras pertenciam a outros reis, um rei criou para si um repouso para onde fugia sempre que sua cabeça não conseguia descanso, no meio de uma floresta densa e povoada ele abriu uma clareira e nela construiu seu palácio. Ninguém conhecia a localização, pois o rei era um mago poderoso e cada trabalhador após concluir o trabalho tinha essa parte da memória extraída e jamais se lembravam de onde haviam conseguido tanto dinheiro. Quando o palácio ficou pronto e ninguém mais estava por perto, o Rei Gilderoy começou a escavar sua tumba, pois um lugar resplandecente seria o repouso quando sua morte chegasse. Durante anos o Rei sempre visitava seu palácio e incluía um corredor em sua tumba, quando conseguiu terminar ele trouxe pequenas partes de seu tesouro para que não ficasse desprovido quando fosse para o mundo dos mortos e sabia que quando morresse talvez nada restasse à sua mulher e suas filhas devido ao caráter de seu filho mais velho que o sucederia no governo. Para aquele santuário ele colocou todos os seus livros, sabia que não valiam tesouro e que tesouro nenhum pagaria por tanto conhecimento, em sua câmara funerária ele colocou seus mais belos itens e seu maior tesouro, porém ele nunca revelou a ninguém o que considerava mais valioso em toda a terra, depositou seus maravilhosos livros em suas estantes, um grimório posicionado à cabeceira da mesa de mármore onde seria depositado seu corpo inerte, nesse grimório o rei escreveu apenas uma magia, depositou algumas joias e o trono de sua família que não era feito de pedras preciosas e ouro, mas que era feito de carvalho antigo, o carvalho do conhecimento.

O Rei Gilderoy esculpiu cada guardião de sua tumba, projetou cada armadilha e criou o feitiço que quando fosse depositado em sua câmara morto, o grimório animaria tudo na tumba permitindo apenas que quem lhe trouxesse saísse com vida.

Quando tudo foi concluído, Gilderoy foi até seu escudeiro, um homem valoroso e leal e contou a ele a localização de sua tumba e ordenou que apenas ele levasse seu corpo para seu descanso eterno, que ele não deveria revelar a ninguém a localização e jamais deveria se apropriar de qualquer tesouro presente lá.

Gilderoy permaneceu como rei durante muitos anos e seu filho, um guerreiro poderoso, ganancioso e ambicioso desejava sua morte com rapidez para assumir seu trono e suas riquezas. Certa vez em que seu pai viajou para seu recôndito palácio o seguiu para saber o que o velho mago estava tramando, surpreendeu-se ao ver que parte de “seu” tesouro havia sido usurpada para aquela construção magnífica e vazia, não havia sequer um lacaio para servir seu pai. Quando seu pai entrou no labirinto sabia que estava sendo seguido, porém foi ainda mais fundo, o príncipe o seguia em silêncio, a espada desembainhada, ninguém desconfiaria se o velho morresse ali e jamais saberiam. O rei sabia que sua hora havia chegado, mas não perdoaria morrer nas mãos de seu próprio filho e usurpador, entrou na câmara principal e deitou-se na lápide fingindo meditar profundamente, o príncipe se aproximou com cuidado e percebendo que o velho caíra em sono profundo penetrou sua lâmina em seu peito, o rei abriu os olhos enquanto o sangue manchava suas vestes e escorria pelo chão, olhou seu filho nos olhos e com lágrimas proferiu a maldição:

“Enquanto não encontrares a morte honrada, seu corpo e sua alma estarão presos à minha tumba. Rei você não será, ficará esquecido nos confins dessa sala até que valorosos venham lhe redimir.”

Quando o rei extinguiu suas forças sobre a lápide o grimório brilhou e as portas da câmara foram seladas e o labirinto ficou animado, o príncipe morreu sozinho e abandonado sentado ao trono de seu pai e com sua coroa na cabeça. Nenhum dos dois fora mais visto e a filha mais velha de Gilderoy assumiu seu trono governando o reino com graça e bondade.

3 comentários:

  1. Bom gente, é essa a Dg que vocês vão enfrentar pelo caminho, espero que gostem!

    ResponderExcluir
  2. Maninbha, espero que tenha perdido a insegurança. Os encontros que vc narrou ontem foram otimos, equilibrados (na minha opinião) e vc fez tudo com segurança, ta mandando muito bem, adorei a historia da DG e to doido pra jogar!

    ResponderExcluir
  3. Muito bom Amor! adorei a história da DG! Bem feito pro safado usurpador, dançou facim pro maguim velhim! uhahauhauhauhauhauah

    ResponderExcluir