segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Fúria no ár



Ele estava furioso, nunca fora tão insultado e trapaceado em toda sua existência e isso inclui todos os seus mil e seiscentos anos da mais pura existência dracônica. Khehellaellian agora estava sobrevoando a floresta atrás de suas relíquias que foram roubadas por algum homenzinho insignificante com a ajuda daquela que um dia pensou em considerar como sua filha. A arrogância e a ganância foi tamanha, que levaram uma grande quantia de ouro e pedras preciosas com eles. Seu vôo esta se mostrando infrutífero, uma floresta tão densa deixaria a tarefa de recuperar seus pertences e se vingar bem mais difícil, assim como saber que o maldito que fizera isso agora estaria se banhando com os conselhos de Mazda e provavelmente usando de seu corpo jovial, que tanto guardara para si próprio.  A medida que refletia sobre tudo seu ódio aumentava e logo ele avistou um pequeno sinal de fumaça no meio da floresta, sem pensar duas vezes se colocou em posição e com um mergulho excepcional se enroscou e driblou as árvores abaixo dele, agora com as asas recolhidas e suas patas se mexendo na velocidade que seu ódio permitia. Chegando próximo percebera que é um acampamento de goblinóides, “Talvez um deles seja o culpado” pensou  Khehellaellian e logo já disparava sua poderosa rajada ácida sobre as cabeças despreparadas e amedrontadas dos viajantes da tribo. Eram muitos pequenos seres que o grande ancião matava facilmente, as magias que lhe eram lançadas nem chegavam a sua duríssima couraça, suas baforadas dizimavam dezenas por vez e no local onde acabara de matar uma comitiva militar de mais de cem goblinóides, apenas restava corpos derretidos e uma grande clareira no meio da floresta.
“Cuidado ser insignificante, eu  Khehellaellian vou achá-lo e fazê-lo pagar por tudo!” Dizendo essas palavras se colocou novamente em vôo. 

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